Da Rede Brasil Atual
Matéria da Folha de S.Paulo desta segunda-feira (13), a partir de conteúdo publicado pelo Wikileaks, mostra que o candidato derrotado à Presidência da República, José Serra (PSDB), prometeu que tomaria medidas para satisfazer os interesses das petroleiras americanas em relação ao marco exploratório do pré-sal.
“Deixa esses caras (do PT) fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava... E nós mudaremos de volta”, teria dito Serra a uma diretora da Chevron, segundo relata um dos telegramas obtidos pelo Wikileaks junto ao serviço diplomático norte-americano.
Patricia Pradal, diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações com o governo da petroleira norte-americana, relatou a conversa ao consulado dos EUA no Rio de Janeiro.
A troca de telegramas cita ainda que há previsão de que o Brasil se tornará um grande “player” no mercado de petróleo, a partir das descobertas dos campos do pré-sal.
O jornal diz também que um dos responsáveis pelo programa de governo do candidato tucano, o economista Geraldo Biasoto, confirmou que a proposta do PSDB previa a reedição do modelo anterior.
A mudança que desagradou às petroleiras foi aprovada pelo governo na Câmara vinha sendo discutida desde 2009. Até a aprovação, a exploração de campos petrolíferos obedeceu a um modelo de concessão, em que a empresa vencedora da licitação era considerada proprietária do petróleo extraído e pagava royalties ao Brasil.
Mas com a descoberta dos campos na camada do pré-sal, o governo alterou o modelo para o de partilha, o que obriga o vencedor a dividir o óleo com a União. Além disso, a Petrobras será a única a operar o pré-sal e, em caso de formação de consórcios com outras empresas, sua participação mínima será de 30%.
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