O jornal Folha de São Paulo publicou, em sua edição de hoje, denúncia contra o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Fernando Bezerra Coelho, um dos cotados do PSB para participar do futuro governo Dilma.
Ministeriável de Dilma é acusado de pagar por apoio
Indicado pelo PSB para o ministério de Dilma Rousseff, Fernando Bezerra Coelho é acusado de ter orientado o pagamento de mesada a líderes de associações de bairros e a pelo menos um vereador de Petrolina (PE) quando era prefeito.
Bezerra Coelho é o mais cotado para ocupar a pasta da Integração Nacional, na cota do governador Eduardo Campos, de quem é secretário de Desenvolvimento. Foi prefeito de Petrolina por três mandatos, o último até 2006.
A acusação de pagamento de mesada é feita pelo empresário Paulo Lima, 39, um ex-aliado da família Coelho.
Ele contou à Folha que os pagamentos eram feitos por meio de sua empresa, Líder Construções, que reformou creches municipais nas gestões de Coelho.
Lima disse que cerca de R$ 50 mil saíram de sua empresa e de sua conta pessoal para pessoas previamente listadas pelo prefeito e por um secretário, sob a promessa de que os recursos e os impostos gerados pelas operações da Líder seriam cobertos pela prefeitura. O objetivo era a cooptação de apoio.
O buraco não foi coberto, e Lima acabou condenado pela Justiça Federal por dívidas de R$ 98 mil com o INSS. A pena foi convertida em prestação de serviços num lar de idosos, além de pagamento mensal de R$ 150.
Dois líderes de associações de moradores confirmaram à Folha que passaram a receber recursos mensais do empreiteiro após terem recebido orientação de Coelho.
O empreiteiro controlava os pagamentos por meio de recibos datados e assinados pelos líderes comunitários.
Um deles, José Caldas de Santana, afirmou ter recebido ao todo R$ 2.800 entre maio e dezembro de 2006.
No recibo, Lima fez constar: "Autorizado por Fernando Bezerra Coelho".
"Eu fazia um trabalho para a comunidade. Como não tinha esse salário, porque a gente não tinha salário, era uma ajuda que ele [Lima] me dava", disse Santana.
Outro líder comunitário, Audeni Damasceno Maia, que atuava numa região pobre de Petrolina com cerca de 7.000 moradores, também reconheceu que os repasses eram feitos por Lima a pedido do prefeito. Recibos em seu nome demonstram pagamentos mensais em 2004.
"Eles fizeram um acordo no primeiro mandato, um acordo de um repasse. E Paulo repassava, mas acho que Paulo não teve um retorno. O acordo era com o Fernando."
Paulo Lima guardou também um bilhete com um recado escrito a mão e, ao lado, uma assinatura do prefeito Bezerra Coelho.
A caneta, alguém escreveu: "Paulo Lima, favor antender [sic] ao nosso amigo Ruy Wanderley em 12.000".
Lima disse que entregou em 2006 R$ 12 mil ao então vereador Ruy Wanderley, hoje filiado ao PSL, que tentou, sem sucesso, se eleger deputado estadual. Ele nega.
Em agosto, o empreiteiro prestou depoimento à Procuradoria da República de Petrolina nos mesmos termos que relatou à Folha. Ele disse ter feito o mesmo sistema de pagamento para outro prefeito, da vizinha Lagoa Grande.
COELHOLÂNDIA
A família de Fernando Bezerra Coelho dominou a política local por 50 anos seguidos, imprimindo seu nome em todo tipo de obra pública. Nesse período, a cidade foi administrada ou por um Coelho ou por um aliado.
Coelho, neto de um dos mais conhecidos coronéis do semiárido, Clementino Coelho, o "Coronel Quelé", começou na política no PDS (atual PP) e passou ainda por PMDB e PPS, além do PSB.
Coelho nega ter pedido pagamentos a empresário
O secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Fernando Bezerra Coelho (PSB), negou ter pedido ao empresário Paulo Lima que fizesse pagamentos para líderes de associações de bairros ou vereadores.
"A empresa dele respondeu a um processo na Justiça por falta de pagamento de tributos, o processo transcorreu e ele teve todo o tempo para poder alegar, colocar as provas, daquilo que agora ele está alegando."
Ministeriável de Dilma é acusado de pagar por apoio
Coelho disse que Lima foi "candidato a vereador, tentou várias vezes", e que teria mostrado os documentos para "adversários políticos" durante as eleições passadas. Lima nega.
Coelho reconheceu ter se encontrado com Lima, em 2010, e oferecido "ajuda". Segundo ele, Lima lhe procurou e falou de supostas dificuldades que sua empresa enfrentava.
Indagado sobre o motivo pelo qual Lima iria procurar o prefeito, Coelho afirmou que Lima prestou serviços à Secretaria de Obras em sua última gestão.
E acrescentou: "Ele foi líder comunitário, foi candidato a vereador, faz parte da atividade política de Petrolina".
Coelho afirmou que, durante uma visita no Porto Fluvial de Petrolina, Lima falou sobre as dificuldades.
"Eu disse: 'O que eu puder fazer pra lhe ajudar, para que você possa ter mais serviço, nós vamos lhe ajudar'."
SEM PAGAMENTO
O ex-prefeito contou que "teve acesso em sua casa" ao depoimento que Lima prestou à Procuradoria. Até agora, segundo ele, o Ministério Público Federal não lhe pediu explicações.
Quando foi informado de que dois líderes comunitários confirmaram o pagamento, Coelho negou: "Não existe isso. Em nenhum momento eu pedi a Lima para fazer pagamento de espécie."
O ex-vereador de Petrolina Ruy Wanderley de Sá negou ter recebido dinheiro de Lima a pedido de Coelho.
Sr.Fernando que vá se acostumando!Pode se preparar! Quem se aproxima de governo do PT é assim mesmo, tem que aguentar as conseqüências!!! É o preço!
ResponderExcluirCaro Anônimo,
ResponderExcluirFernando tem que vasculhar sua vida para ver se não cometeu nenhum "deslize" no seu passado. Afinal, se ele tem tanta história política, não é possível que só tenha feito boas ações... Santo esse homem não é.
E para seu governo a Folha de São Paulo odeia o PT, logo, esse fogo amigo não vem desse partido, basta olhar para dentro do PSB, quem é arquirival de FBC todo mundo sabe....
A FOLHA e o PIG quando não conseguem perseguir petistas vai atrás dos aliados e todo mundo já viu os exemplos! O PIG quer acabar não só com o PT! Mas também com os seus aliados!
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