quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Lula e sua emocionante despedida no Marco Zero



Num discurso emocionado diante de cerca 40 mil pessoas que lotaram ontem o Marco Zero de Recife (PE), em seu último ato público em Pernambuco como presidente, Lula agradeceu a Deus e à população pelo apoio que sempre dedicaram a ele e a seu governo, nos bons e maus momentos.

Ele fez uma pequena retrospectiva de sua luta política para chegar até a Presidência da República durante a cerimônia, que deu ordem de início às obras do Memorial Luiz Gonzaga e entregou um terreno para a Orquestra Criança Cidadã Meninos do Coque. O presidente lembrou com carinho do ex-governador Miguel Arraes, que emocionou o neto Eduardo Campos, atual governador de Pernambuco.

Lula afirmou que sempre procurou viajar muito pelo Brasil para poder conhecer as pessoas, olhando nos olhos e tocando, porque como disse “não há possibilidade do ser humano interagir se não houver um toque de mão, um abraço, um beijo, um carinho, um olhar olho no olho”. A lição principal: não é possível governar bem o País sem conhecer sua terra e sua gente:

Trecho da fala de Lula:
“Era preciso que o presidente tivesse um olhar total do seu País, para conhecer o seu povo, e poder governar distribuindo possibilidades para que todos tivessem condições de participar do desenvolvimento desse País. Foi a partir da descoberta das eleições de 1989, em que eu descobri que era falsa a disputa eleitoral, que um presidente da República pegar um avião em São Paulo, descer no aeroporto de Recife, subir num palanque, voltar para o aeroporto e voltar para São Paulo não lhe permitia o povo pernambucano, era preciso que ele conhecesse um pouco mais. (…) Foi a partir daí que resolvi fazer as caravanas da cidadania. E comecei fazendo a primeira caravana percorrendo o trajeto que a minha mãe percorreu com oito filhos, saindo de Caetés até a cidade de Santos, em São Paulo. Parando em cada cidade, conversando com as pessoas. Depois eu percorri 91 mil km de carro, de trem, de ônibus, de barco. Para conhecer a cara, o jeito, o contar da piada, da graça, o cantar do povo pernambucano, o sofrimento do povo brasileiro. E isso me deu uma dimensão do Brasil que eu queria governar.”

Fonte: Blog do Planalto

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