Como já foi publicado neste blog, o petrolinense Fernando Bezerra Coelho (PSB) é o nome de Pernambuco mais próximo para ocupar uma cadeira de ministro no futuro governo Dilma.
Entretanto, seu destino pelo visto não será mais o da Integração Nacional. Fernando Bezerra poderá ir para a secretaria dos Portos, que tem status de ministério e ganhará volume com a administração dos aeroportos brasileiros, via Infraero.
Esta mudança de posição no xadrez da montagem do governo se dá pela estréia de um novo personagem no jogo: Ciro Gomes (PSB-CE), aquele que um dia quis ser candidato a presidente da República, mas deixou a idéia de lado por falta de suporte do próprio partido. Amuado, ele cumpriu seu papel quando o projeto Dilma falou mais alto.
Por tal renúncia, pela competência e porque tê-lo por perto e como amigo é saudável para qualquer governo, o cearense foi convidado pela presidenta eleita a assumir o Ministério da Integração Nacional. Pasta que, aliás, Ciro comandou de 2003 a 2006.
Vamos combinar, o que ele queria mesmo era um ministério mais robusto, ou o comando do BNDES, que anda soltando dinheiro pelas beiradas, mas Dilma Rousseff não considerou esta hipótese.
Agora a proposta está feita e cabe a Ciro decidir se quer ou não assumir pela segunda vez o Ministério da Integração Nacional.
E como ficam, então, Fernando Bezerra Coelho e Eduardo Campos?
Ficam satisfeitos. O governador de Pernambuco entende de política e sabe respeitar as outras forças da legenda.
Ciro é, portanto, o primeirão do PSB no quesito ocupação de ministério.
Quanto a Fernando Bezerra Coelho, silencioso, parece não ter considerado ruim o “contra-peso” chamado Secretaria dos Portos. Quem duvidar, basta olhar o orçamento da Infraero, que beira 1,2 bilhão.
Exatamente por isso, FBC não sai perdendo nesta arrumação socialista. Orçamento grande é com ele mesmo, que tem fama de tocador de mega-projetos e vem logrando êxito como secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuo.
Os mais ávidos pela presença de FBC no comando do Ministério da Integração Nacional são, sem dúvida, os seus aliados políticos de Petrolina e região, entre eles vários prefeitos de municípios sertanejos. Afinal, o MI comanda a Codevasf – Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e do Parnaíba.
A empresa toca projetos desenvolvimentistas de forte impacto político e chega junto aos municípios (a maioria carente), com grande força econômica. Para quem gosta de voto é um prato cheio.
Por enquanto, parece que vai tudo para o Ceará. Só depende de Ciro, que dará sua resposta amanhã.
E será que ele vai aceitar?
ResponderExcluirDe qualquer maneira, acho justo. Ciro foi um aliado leal do governo Lula. E durante a campanha deu pra perceber que a Dilma não deixou o Ciro à deriva...
Por mim tanto faz como tanto fez. Nenhum desses dois aí tem compromisso com as classes populares, querem mesmo é fortalecer seus redutos políticos, tanto no Ceará quando em Petrolina.
ResponderExcluirE onde fica Gonzaga Patriota nessa história? Se Fernando vier para o ministério da integração Gonzaga poderá indicar alguém para a superinendência da Codevasf? E o PT de Petrolina vai ficar de fora da briga????
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