sábado, 10 de dezembro de 2011

Um aperitivo da "Privataria Tucana"


   Robusto e consistente: O livro que está deixando muito tucano com dor de barriga vem com todas as denúncias documentadas   


Nunca se viu tanto reboliço na blogosfera, com o lançamento do livro "A Privataria Tucana", do jornalista Amaury Ribeiro Júnior.

Não é por menos. A obra é recheada de revelações comprometedoras envolvendo o ex-governador José Serra e sua turma. Mostra todo o "talento" dos tucanos na arte de enriquecimento ilícito, com sofisticados desvios de dinheiro público.

Ainda não li o livro (aliás, nem comprei ainda), mas o que já tem de artigos e notícias sobre o assunto prova que havia mesmo muita sujeira por baixo dos tapetes tucanos. E que vai ser difícil José Serra se livrar das acusações, já que todas estão devidamente documentadas (são mais de cem páginas com cópias de documentos).

Abaixo, listo um resumo elaborado pelo site Brasil 247, com revelações do livro. É apenas um aperitivo de um assunto que está só começando a render, para desespero de do tucanato.

Algumas revelações de "A Privataria Tucana"

• Carlos Jereissati, dono da Oi, usou sua empresa Inifinity Trading, sediada em paraísos fiscais, para pagar propina a Ricardo Sérgio de Oliveira, na empresa Franton Enterprises.

• A propina pela compra da Oi, segundo o autor do livro, seria próxima a R$ 90 milhões. Jereissati e seus parceiros chegaram ao leilão sem recursos e foram socorridos por fundos de pensão, comandados por Ricardo Sérgio de Oliveira e seu braço direito João Bosco Madeiro.



• Ricardo Sérgio de Oliveira, que era chamado de “Mr. Big” e se tornou amigo de Serra por intermédio de Clóvis Carvalho, comprou prédios inteiros em Belo Horizonte, que depois foram também vendidos a fundos de pensão estatais. O livro traz documentos e procurações usadas por Ricardo Sérgio e seus laranjas.

• Na privatização da Vale, vencida por Benjamin Steinbruch com recursos dos fundos de pensão, num consórcio organizado por Miguel Ethel e José Brafman, a propina teria sido de R$ 15 milhões.

• Gregório Marin Preciado, “primo” de Serra, organizou o consórcio Guaraniana, que, também com dinheiro dos fundos de pensão, comprou várias distribuidoras de energia no Nordeste, hoje pertencentes ao grupo espanhol Iberdrola.

• Preciado e Ricardo Sérgio jogavam juntos. Boa parte dos depósitos recebeidos pela Franton Enterprises, de Ricardo Sérgio, eram feitos pelo “primo” de Serra. As movimentações da dupla, documentadas no livro de Amaury, somam mais de US$ 20 milhões. Preciado e Serra também aparecem como sócios num terreno em São Paulo. Também na era Serra, o Banco do Brasil teria reduzido uma dívida de R$ 448 milhões de Preciado para míseros R$ 4,1 milhões.

• O livro também aborda a sociedade entre a empresa Decidir.com, de Verônica Serra, filha do ex-governador tucano, com o grupo Opportunity, de Daniel Dantas. A Decidir.com, voltada para leilões na internet, recebeu cerca de R$ 10 milhões em investimentos, mas nunca apresentou resultados. Em abril de 2002, a empresa foi dissolvida.

• Tanto Verônica Serra como Ricardo Sérgio de Oliveira utilizaram a mesma empresa, a Citco, para abrir suas contas no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas.

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