Da redação de Carta Capital
Organização reuniu casos de agressões contra nordestinos na web da noite das eleições até 4 de novembro
Mais de mil internautas foram acusados ao Ministério Público Federal (MPF) de racismo e apologia a crimes contra a vida. As denúncias foram feitas pela organizção Safernet, que trabalha com direitos humanos na internet. Elas fazem referência a mensagens publicadas em redes sociais entre 31 de outubro e 4 de novembro.
Logo após a confirmação da vitória de Dilma Rousseff, surgiram na internet centenas de mensagens preconceituosas contra nordestinos atribuindo a vitória da petista a larga vantagem obtida nos estados da região. A autora mais conhecida foi a estudante paulista de Direito Mayara Petruso, denunciada pela OAB-PE ao Ministério Público Federal na última semana. Na ocasião, o presidente da ordem de Pernambuco afirmou que outros usuários também poderiam ser responsabilizados.
A organização safernet reuniu mais de 10 mil casos de racismo nas redes sociais, mas como muitas eram repetidas, foram encaminhados ao MP 1.037 perfis. O diretor presidente da Safernet, Thiago Tavares, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que a apuração das identidades reais dos perfis cadastrados na rede ficará a cargo do MPF.
Leia também a matéria “O racismo na era da internet”.
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