Como apoiador do governo que entra e do que sai, observei alguns pontos deste inesquecível dia primeiro de janeiro de 2011.
A cobertura jornalística da Band
Eram três ou mais comentaristas aprofundando e questionando, desnecessariamente, e a toda hora, cada parágrafo dos discursos de Dilma no Congresso e no parlatório. Tudo muito sizudo, jornalisticamente chato.
A cobertura desinteressada da Globo
Alexandre Garcia até que ia bem com aquela alegria de enterro, identificando de forma contextualizada os chefes de Estado que cumprimentavam Dilma. Mas aí a Globo voltou a ser a Globo e passou a transmitir o Caldeirão do Huk (enquanto as outras emissoras continuavam no batente). Lula não tinha, ainda, descido a rampa com Dilma para ir embora, como mandava o protocolo. Só fizeram isso bem depois. Desceram num dos momentos de maior emoção da posse, com o povo delirando ao se despedir de Lula. Enquanto isso a Globo perdia tudo, no Caldeirão do Huk.
A cobertura que não existiu da Cultura
A TV Cultura, do Estado de São Paulo, ou melhor, do Governo de Alkmin de São Paulo, estava alheia à posse. Transmitia outra coisa, indo na contra-mão de mais de dez emissoras que cobriam o evento.A Tropa em revista
O fato de uma combatente de esquerda que foi presa e torturada por militares, ter passado as tropas em revista foi de um significado extraordinário. O que será que passava pela cabeça de Dilma naquele momento?
As mulheres na segurança
Acertadíssima a iniciativa de introduzir seguranças femininas para acompanhar a presidenta.
Um homem no meio do povo
Há políticos que gostam de pessoas, cumprimentam e até abraçam. Mas poucos são como Lula. Ele literalmente caiu no meio do povo na hora da despedida. Seu choro foi intenso e sincero, como pouco se vê.
A data ingrata
Sinceramente, uma posse de presidente no primeiro dia do ano não é uma boa ideia. Está na hora de mudarem isso. Chamem o Tiririca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário