sábado, 30 de junho de 2012

Eudes Caldas e a arte de juntar todo mundo

Eudes chamou adversários para o seu lado, mostrando que a política é uma via de mão dupla

CABROBÓ - Daqui a pouco, a partir das 19h, a coligação Cabrobó Unido e Forte vai oficializar o nome do médico e ex-vice-prefeito Auricélio Torres (PSB) como candidato a prefeito de Cabrobó. O vice é Romero Gomes(PR), conforme adiantei ontem no blog.

A chapa reúne 10 partidos (PSB, PTB, PHS, PT, PR, PSDB, PSD, PDT, PP e PV), mas não é a quantidade de siglas que faz desta chapa a favorita. Trata-se da junção dos maiores grupos partidários de Cabrobó, antes adversários. O que era oposição virou situação, em torno do nome de Auricélio Torres.

Os créditos desta aliança, para muitos inimaginável, vão para o prefeito Eudes Caldas. Ele soube como ninguém esquecer as diferenças políticas após derrotar Auricélio na eleição passada. Chamou-o para o seu lado e inaugurou uma nova forma de fazer política em Cabrobó.

Não houve dificuldades para o socialista topar a parada. Aliás, a ideia foi aos poucos sendo digerida pelos vereadores, tanto que hoje todos os nove membros da Câmara são aliados de Eudes e Auricélio. Resumindo, ambos tem atualmente todas as ferramentas para transformar esta eleição numa tarefa tranquila, salvo se houver um grande acidente de percurso.

Em Recife, Humberto Costa começa campanha com vídeo na internet

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Fim do mistério em Cabrobó. Vereador Romero Gomes é o vice de Auricélio

Romero(e) e Auricélio esbanjam sorrisos durante o São João de Cabrobó. Olha a chapa aí
Foto: Fredson/Foto Santos

CABROBÓ - O pré-candidato a prefeito de Cabrobó pelo PSB, Auricélio Torres, terá como vice o vereador Romero Gomes, do PR. O anúncio será feito amanhã (30), na Convenção dos partidos que compõem a Frente Cabrobó Unido e Forte, sob a liderança do atual prefeito do Município, Eudes Caldas (PTB).

A escolha de Romero pode ser considerada uma surpresa, já que as movimentações políticas apontavam para uma indicação do grupo do deputado estadual Rodrigo Novaes (PSD), que participou de reuniões com Eudes Caldas para indicação do vice.

Outros nomes aventados foram o do presidente da CDL, Maxwell Cavalcanti e do vereador Lula de Zezé (PTB), ambos do grupo mais próximo ao prefeito.

Eudes Caldas, por sinal, desconversa acerca da definição do nome do vereador Romero, mas a notícia já vazou há alguns dias.

Romero Gomes é ligado ao deputado federal Inocência Oliveira (PR). Vereador em seu 6º mandato, teve participações diretas em administrções municipais passadas, principalmente nas gestões do ex-prefeitos Antonio Brandão Cavalcanti e de João Freire de Carvalho. Nesta última, desempenhava o papel de supersecretário.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

O Bolsa Família e seus inimigos

O Bolsa Família só nasceu, de fato, quando o Lula chegou chegou à Presidência 

Por Marcos Coimbra, na CartaCapital

O pensamento conservador brasileiro – na política, na mídia, no meio acadêmico, na sociedade – tem horror ao Bolsa Família. É só colocar dois conservadores para conversar que, mais cedo ou mais tarde, acabam falando mal do programa.

Não é apenas no Brasil que conservadores abominam iniciativas desse tipo. No mundo inteiro, a expansão da cidadania social e a consolidação do chamado “Estado do Bem-Estar” aconteceu, apesar de sua reação.

Costumamos nos esquecer dos “sólidos argumentos” que se opunham contra políticas que hoje em dia são vistas como naturais e se tornaram rotina. Quem discutiria, atualmente, a necessidade da Previdência Social, da ação do Estado na saúde pública, na assistência médica e na educação continuada?

Mas todas já foram consideradas áreas interditas ao Estado. Que melhor funcionariam se permanecessem regidas, exclusivamente, pela “dinâmica do mercado”. Tem quem pode, paga quem consegue. Mesmo se bem-intencionado, o “estatismo” terminaria por desencorajar o esforço individual e provocar o agravamento – em vez da solução – do problema original.

O axioma do pensamento conservador é simples: a cada vez que se “ajuda” um pobre, fabricam-se mais pobres.

Passaram-se os tempos e ninguém mais diz essas barbaridades, ainda que muitos continuem a acreditar nelas. Hoje, o alvo principal das críticas conservadoras são os programas de transferência direta de renda. Naturalmente, os que crescem e se consolidam. Se permanecerem pequenos, são vistos até com simpatia, uma espécie de aceno que sinaliza a “preocupação social” de seus formuladores.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Trabalho escravo infantil no Brasil

Hoje, os movimentos e as denúncias aumentam a cada dia contra a exploração do trabalho infantil

Por Gonzaga Patriota

Em pleno século XXI, o trabalho escravo infantil no Brasil continua a nos preocupar. É uma realidade que persiste em perseguir, apesar do avanço da modernidade. A dignidade de milhões de crianças e adolescentes brasileiros estão sendo desrespeitadas e violadas, quando se trata de direitos humanos.

Trabalho infantil gera lucro pra quem explora e pobreza para quem é explorado. Faz parte da cultura econômica brasileira e está diretamente ligado ao trabalho escravo. A quem incomoda a luta contra o trabalho infantil? Incomoda aos que se incomodam com a luta contra o trabalho escravo. Incomoda aos que se incomodam com a luta contra o trabalho degradante.

A legislação brasileira proíbe qualquer tipo de trabalho para menores de 14 anos. O trabalho a partir dessa idade é permitido apenas na condição de aprendiz, em atividade relacionada à qualificação profissional. E acima dos 16 anos o trabalho do menor é autorizado, desde que não seja no período da noite, ou em condição de perigo ou insalubridade e, desde que não seja incompatível com a jornada escolar. No entanto, se o jovem com mais de 16 anos de idade não tiver carteira assinada ou estiver em situação precária, ele entra nesse ilegal mercado de trabalho infantil.

No Brasil, 0 trabalho infantil entre crianças e adolescentes de 10 a 17 anos caiu 13,44% entre 2000 e 2010. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos 86,4 milhões de pessoas ocupadas em 2010 com 10 anos ou mais, 3,4 milhões eram crianças e adolescentes de 10 a 17 anos, trabalhando no campo ou na área urbana, quase 530 mil a menos do que em 2000.

sábado, 23 de junho de 2012

É noite de São João. Viva Gonzagão!

Não há ninguém que represente mais as festas de São João do que Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. O velho Lua, que neste ano de 2012 completaria 100 anos, tem sua obra imortalizada em toda sala de reboco e em qualquer lugar onde se dance forró, xote ou xaxado.

No vídeo abaixo (uma relíquia), o Gonzagão, ainda na flor da juventude, já mostrava a força da música sertaneja, que o tornaria para sempre o Rei do Baião. 

Feliz São João para todos. E viva o Gonzagão!


Leonardo Attuch: No Paraguai, tudo parece estar dominado

   Lugo, a mais recente vítima da elite paraguaia, sente o Golpe branco   

Ainda que a constituição paraguaia permita o juízo político de seus governantes, um processo de impeachment que se desenrola em apenas dois dias só pode ser definido com uma única palavra: golpe. Foi isso o que aconteceu no Paraguai, por mais que vozes conservadoras, daqui e de lá, defendam a legalidade do processo. Ponto.

Até aí, não há muita surpresa, uma vez que a história paraguaia é marcada por golpes, ditaduras e quarteladas. A diferença, desta vez, foi a sutileza de um “golpe parlamentar”, um “golpe democrático”. Em resumo, um golpe branco, imposto pela elite oligárquica do país.

Surpresa em si foi a reação do presidente Fernando Lugo, que não opôs resistência alguma e se ofereceu passivamente ao martírio. A que se deve essa atitude? Talvez seja fruto da sua formação católica. Ex-padre, e achincalhado por muitos pelas dezenas de filhos que fez, Lugo tem alma cristã. Ao deixar o poder, ele ofereceu a outra face. “Saio pela porta maior, a do coração”, disse o ex-presidente. Lugo ainda tentará – em vão – recuperar seus direitos políticos, mas essa é uma batalha perdida.

Impeachment falsificado: Veja como ocorreu o Golpe de Estado no Paraguai


Golpe rápido: Numa velocidade espantosa, o Parlamento paraguaio retirou do poder o presidente  Fernando Lugo, sob alegação de má gestão


Por Carta Capital, com informações Agência Brasil e AFP.

O veloz processo de impeachment contra o presidente paraguaio Fernando Lugo teve o final desejado pelos conservadores do país nesta sexta-feira 22. A maioria absoluta no Senado aprovou a remoção do mandatário do poder por 39 votos favoráveis e quatro contrários. Eram necessários 30 votos dos 45 senadores, uma tarefa fácil em um parlamento dominado pela oposição. Houve duas ausências. O vice-presidente Frederico Franco, do PLRA (Partido Liberal Radical Autêntico), assume o posto um ano após romper a coligação com Lugo.

Em discurso logo após a decisão, Lugo pareceu derrotado e sem capacidade de reagir. “Me submeto à decisão do Congresso e estou disposto a responder sempre por meus atos como presidente”, disse. “Me despeço como presidente, mas não como cidadão”, afirmou. Lugo também pediu que a parte da população favorável a ele não faça protestos violentos. “Faço um profundo chamado para que as manifestações sejam pelas vias pacíficas”, disse. “Que não se derrube mais sangue por motivos mesquinhos em nosso país”.

A Câmara dos Deputados, também dominada pela oposição, aprovou na quinta-feira 21 o processo de impeachment com 73 votos a favor e apenas um contra. O Senado abraçou a ideia rapidamente, sob o pretexto de Lugo mobilizasse suas bases no interior do país e levasse a uma onda de violência. O Senado agiu como juizado político e concedeu apenas duas horas de defesa a Lugo, meramente proforma.

Ação foi vista por muitos países latinos como um golpe de Estado e pela União das Nações Sul-Americanas (Unasul) como uma “violação da ordem democrática”. O processo relâmpago espantou porque faltam apenas nove meses para o fim da administração de Lugo, sem a possibilidade de reeleição.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

PT reafirma pré-candidatura de Humberto em Recife

    Em Nota aos partidos da Frente Popular, petistas lembram que o PT nunca faltou com o PSB e asseguram o nome de Humberto Costa para disputar a Prefeitura    


Carta do Partido dos Trabalhadores, assinada pelo presidente estadual da sigla, deputado federal Pedro Eugênio, foi divulgada hoje, após reunião do Diretório Estadual. O texto é uma resposta à decisão do PSB em lançar candidatura própria em Recife. Veja a Nota: 

Aos partidos da Frente Popular de Pernambuco

- Após tomar conhecimento pela imprensa da carta enviada ontem pelo PSB sobre as eleições municipais no Recife, o Partido dos Trabalhadores vem reafirmar a pré-candidatura do senador Humberto Costa à Prefeitura.

- Defendemos o nome de Humberto Costa para a disputa à PCR por considerá-lo o melhor quadro para continuar o projeto que tem feito o Recife avançar desde a vitória do ex-prefeito João Paulo, em 2000, o que deu condições para o ressurgimento da Frente Popular como vemos hoje.

- Humberto é um dos nomes mais competentes do PT, tem experiência política como vereador, deputado estadual, deputado federal e agora como senador da República, e também administrativa, como secretário de Saúde do Recife, secretário estadual das Cidades e ministro da Saúde do Governo Lula.

- Nas últimas décadas, o PT tem feito incontáveis gestos de unidade e solidariedade ao PSB. Como por exemplo, em 1994, com o apoio ao nome de Miguel Arraes para o Governo do Estado; em 1998, com a aliança entre o socialista e Humberto para a disputa majoritária de governo e senado; e em 2006, com o fato mais importante, o apoio do PT no segundo turno, que ajudou a levar o PSB à vitória naquelas eleições. O PT também reconhece os gestos políticos feitos pelos socialistas ao longo desse tempo e espera a continuidade desta parceria política.


quarta-feira, 20 de junho de 2012

Luiz Nassif: Erundina errou, pensou só em si

Eleito Haddad, Erundina seria a vice-prefeita plena para a periferia. Seria máxima sua intervenção nas políticas sociais


Por Luis Nassif, no Luiz Nassif Online

Tenho um carinho histórico por Luiza Erundina.

Quando foi alvo de uma tentativa de golpe por parte do Tribunal de Contas do Município (TCM) devo ter sido o único jornalista a sair em sua defesa. Tinha o programa Dinheiro Vivo, na TV Gazeta, de público majoritariamente empresarial. Externei minha indignação que deve ter tido algum peso na decisão do presidente da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) Mário Amato, de visitá-la com uma comitiva de empresários, hipotecando-lhe solidariedade.

Defendia-a também quando operadores do PT criaram o caso Lubeca. E, recentemente, o Blog conduziu uma campanha de arrecadação de fundos, para ajudar Erundina a pagar uma condenação injusta dos tempos em que foi prefeita.

Sempre admirei sua luta pelos movimentos sociais, das quais sou periodicamente informado por irmãs lutadoras.

Por tudo isso, digo sem pestanejar: ao pedir demissão da candidatura de vice-prefeita de Fernando Haddad, Erundina errou, pensou só em si, não nas suas bandeiras políticas nem nos seus movimentos sociais. Foi terrivelmente individualista.

À luz das entrevistas que concedeu ontem, constata-se que os motivos foram fúteis. Estava informada da aliança do PT com Paulo Maluf; chocou-se com a foto  de Lula e Haddad com ele. Foi a foto, não a aliança, que a chocou.

A foto tem uma simbologia negativa, de fato. Aqui mesmo critiquei o lance. Mas apenas simbologia. Não se tenha dúvida de que, eleito Haddad, Erundina seria a vice-prefeita plena para a periferia, seria os movimentos sociais assumindo uma função relevante na administração municipal.

PT de Petrolina adia Convenção para dia 28 e ratifica pré-candidatura de Odacy Amorim

  Nota fala de "pressões e cooptações" contra a candidatura do petista Odacy Amorim   

Em Nota, o Partido dos Trabalhadores de Petrolina comunicou o adiamento da sua Convenção, inicialmente marcada para a próxima quinta-feira (22). A mudança de data ocorreu depois da decisão do PP em apoiar a pré-candidatura do deputado Fernando Filho (PSB) a prefeito. A nova Convenção dos petistas será dia 28, no Espaço Trevo, e deverá homologar o nome do deputado estadual Odacy Amorim como o candidato do partido.

Veja o texto na íntegra:

O Partido dos Trabalhadores por exigência do povo de Petrolina, aferida nas mais diversas pesquisas e no sentimento das ruas, decidiu por candidatura própria.

Com a mais ampla participação, de forma transparente, honesta e cristalina, chegamos ao consenso sobre o nome do companheiro Odacy Amorim como candidato.

Sobre esta decisão e posição do PT de Petrolina, não há dúvida, não cabem especulações e qualquer alteração só seria admitida se fruto de ampla discussão interna e aprovação dos filiados.

Por outro lado, na contramarcha da História com a teimosia das oligarquias renitentes e resistentes ao novo, com os velhos métodos e as velhas armas, políticos antigos, assustados, resolveram empreender contra o PT, Odacy e seus candidatos a vereador uma guerra fraticida. Não se satisfazem apenas em calar; querem cooptar, agregar, submeter.

As enormes pressões sobre nossos companheiros candidatos a vereador, sobre os dirigentes partidários e lideranças comunitárias, mesmo deixando ao longo da caminhada um ou outro, não diminuem a decisão do Povo de apoio ao PT, às nossas propostas e ao nosso candidato, mas, indiscutivelmente, criaram obstáculos ao entendimento e apoio entre partidos, além de praticamente sepultar a Frente Popular em Petrolina.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Maluf e o pragmatismo eleitoral

A coligação do PT com o PP malufista confirma o reinado do pragmatismo exacerbado

Por Altamiro Borges, no Blog do Miro

Até domingo, Paulo Maluf era uma figura esquecida pela mídia. Ninguém falava sobre a presença do seu partido, o PP, no governo tucano de São Paulo nem de suas tratativas para apoiar José Serra. De repente, ele virou manchete dos jornalões e destaque nas telinhas. Os "calunistas" da mídia ficaram excitados! Bastou sair na foto junto com Lula e Fernando Haddad, dando apoio ao petista na disputa para a prefeitura paulistana.

A guinada de Maluf revela o grau de pragmatismo que contamina a política brasileira. Ele mesmo justificou sua abrupta mudança teorizando que “não existe mais esquerda e direita”. Puro oportunismo! Na prática, o líder do PP procura viabilizar eleitoralmente sua legenda e cavar mais espaços no concorrido quadro partidário brasileiro – ampliando suas vagas nos palácios do Planalto e dos Bandeirantes!

Guinada de forte impacto


Este pragmatismo tem forte impacto eleitoral. Não é para menos que a decisão de Maluf abalou os vários comandos de campanha – e não apenas o de Fernando Haddad. Conforme registrou o sítio Terra Magazine, o apoio do PP ao petista caiu como bomba no já conflagrado ninho tucano. Vale conferir a reportagem da jornalista Marina Dias:

O ódio a Lula

   O Brasil já cultivou ressentimentos irracionais em relação a Getúlio, JK, Jango e, agora, ao metalúrgico que ainda é a principal força política do país   

Artigo escrito por Leonardo Attuch, publicado em 30 de Maio, no Brasil247

Teve início, neste fim de semana, um movimento organizado de ataque ao ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Primeiro, a reportagem sobre a suposta chantagem exercida por ele contra Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal, para adiar o julgamento do mensalão, já desmentida pelo anfitrião do encontro, Nelson Jobim. Depois disso, críticas espalhadas pela rede sobre o comportamento indecoroso de Lula diante das instituições e até ironias relacionadas ao uso de remédios para o tratamento contra o câncer na laringe. Por fim, vozes mais radicais cobrando até a prisão do ex-presidente.

Por que será que Lula, depois de oito anos de governo, tendo deixado o Palácio Planalto com recordes de aprovação, tanto junto ao povão quanto às elites, que se tornaram ainda mais ricas, desperta tanto ressentimento? A resposta é uma só: goste-se ou não dele, Lula ainda é a principal força política do Brasil. E é uma força viva, que pode voltar ao poder em 2014 ou em 2018.

Mas essa seria uma análise objetiva, dos que fazem cálculos frios nos jogos de poder. Ocorre que o ressentimento em relação a Lula, muitas vezes, é irracional. Como pode um retirante, metalúrgico, sem educação formal ter chegado tão longe? É isso que incomoda boa parte da classe média brasileira.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Paul McCartney, 70, para todas as idades

      O que é bom é para sempre: As impecáveis composições de Paul continuam influenciando gerações e conquistando todas as idades      

O ex-beatle Paul McCartney completa hoje 70 anos. Em sua homenagem, e para os fãs e admiradores da boa música, aí vai uma bela interpretação da clássica Hey Jude, em 1997, na companhia de monstros do rock como Elton John, Eric Clapton, Mark Knopfler, Sting, Phil Collins, entre outros.


A diversidade cultural no Brasil

 Festas juninas, um retrato vivo da Cultura Popular   
Por Gonzaga Patriota

Apesar do processo de globalização que busca a mundialização do espaço geográfico – tentando criar uma sociedade homogênea –, aspectos locais continuam fortemente presentes. A cultura é um desses aspectos: várias comunidades continuam mantendo seus costumes e tradições.

O termo diversidade diz respeito à variedade e convivência de ideias, características ou elementos diferentes entre si, em determinado assunto, situação ou ambiente. Cultura (do latim cultura, cultivar o solo, cuidar) é um termo com várias acepções em diferentes níveis de profundidade e diferente especificidade. São práticas e ações sociais que seguem um padrão determinado no espaço/tempo. Refere-se a crenças, comportamentos, valores, instituições e regras morais que permeiam e “preenchem” a sociedade. Explica e dá sentido a cosmologia social. É a identidade própria de um grupo humano em um território e num determinado período.

O Brasil, por apresentar uma grande dimensão territorial, possui uma vasta diversidade cultural. Os colonizadores europeus, a população indígena e os escravos africanos, foram os primeiros responsáveis pela disseminação cultural em nosso país. Em seguida, os imigrantes italianos, japoneses, alemães, árabes, dentre outros, contribuíram para a diversidade cultural do Brasil. Aspectos como a culinária, danças, religião, dentre outros costumes primitivos, são elementos que integram a cultura de um povo.

No Nordeste brasileiro, a cultura é representada através de danças e festas, como o bumba meu boi, maracatu, caboclinhos, carnaval, ciranda, coco, reisado, frevo, forró, cavalhada, capoeira e tantos outros. Algumas manifestações religiosas, como as festas de Iemanjá e a lavagem das escadarias do Senhor do Bonfim. A literatura de Cordel é outro elemento forte da cultura nordestina, além da culinária típica que é representada pelo sarapatel, buchada de bode, peixes, frutos do mar, arroz doce, bolo de fubá cozido, bolo de massa de mandioca, broa de milho verde, pamonha, cocada, tapioca, pé de moleque, dentre tantos outros. A cultura nordestina também está presente no artesanato de rendas.

Dilma Rousseff revela detalhes do sofrimento vivido nos porões da ditadura

 No início, não tinha rotina. Não se distinguia se era dia ou noite...  

Por Sandra Kiefer, no Correio Braziliense

A presidente Dilma Vana Rousseff foi torturada nos porões da ditadura em Juiz de Fora, Zona da Mata mineira, e não apenas em São Paulo e no Rio de Janeiro, como se pensava até agora. Em Minas, ela foi colocada no pau de arara, apanhou de palmatória, levou choques e socos que causaram problemas graves na sua arcada dentária. É o que revelam documentos obtidos com exclusividade pelo Estado de Minas , que até então mofavam na última sala do Conselho dos Direitos Humanos de Minas Gerais (Conedh-MG). As instalações do conselho ocupam o quinto andar do Edifício Maletta, no Centro de Belo Horizonte. Um tanto decadente, sujeito a incêndios e infiltrações, o velho Maletta foi reduto da militância estudantil nas décadas de 1960 e 70.

Perdido entre caixas-arquivo de papelão, empilhadas até o teto, repousa o depoimento pessoal de Dilma, o único que mereceu uma cópia xerox entre os mais de 700 processos de presos políticos mineiros analisados pelo Conedh-MG. Pela primeira vez na história, vem à tona o testemunho de Dilma relatando todo o sofrimento vivido em Minas na pele da militante política de codinomes Estela, Stela, Vanda, Luíza, Mariza e também Ana (menos conhecido, que ressurge neste processo mineiro). Ela contava então com 22 anos e militava no setor estudantil do Comando de Libertação Nacional (Colina), que mais tarde se fundiria com a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), dando origem à VAR-Palmares.

As terríveis sessões de tortura enfrentadas pela então jovem estudante subversiva já foram ditas e repisadas ao longo dos últimos anos, mas os relatos sempre se referiam ao eixo Rio-São Paulo, envolvendo a Operação Bandeirantes, a temida Oban de São Paulo, e a cargeragem na capital fluminense. Já o episódio da tortura sofrida por Dilma em Minas, onde, segundo ela própria, exerceu 90% de sua militância durante a ditadura, tinha ficado no esquecimento. Até agora.

Com a palavra, a presidente: “Algumas características da tortura. No início, não tinha rotina. Não se distinguia se era dia ou noite. Geralmente, o básico era o choque”. Ela continua: “(...) se o interrogatório é de longa duração, com interrogador experiente, ele te bota no pau de arara alguns momentos e depois leva para o choque, uma dor que não deixa rastro, só te mina. Muitas vezes usava palmatória; usaram em mim muita palmatória. Em São Paulo, usaram pouco este ‘método’”.

Bilhetes Dilma foi transferida em janeiro de 1972 para Juiz de Fora, ficando presa possivelmente no quartel da Polícia do Exército, a 4ª Companhia da PE. Nesse ponto do depoimento, falham as memórias do cárcere de Dilma e ela crava apenas não ter sido levada ao Departamento de Ordem e Política Social (Dops) de BH. Como já era presa antiga, a militante deveria ter ido a Juiz de Fora somente para ser ouvida pela auditoria da 4ª Circunscrição Judiciária Militar (CJM). Dilma pensou que, como havia ocorrido das outras vezes, estava vindo de São Paulo a Minas para a nova fase do julgamento no processo mineiro. Chegando a Juiz de Fora, porém, ela afirma ter sido novamente torturada e submetida a péssimas condições carcerárias, possivelmente por dois meses.

domingo, 17 de junho de 2012

Nem Sônia Braga escapa das artimanhas da Rede Globo

  Sônia Braga na pele de Gabriela (1972) e sua opinião atual sobre a Globo: "mau jornalismo"  

Sônia Braga está furiosa com a Globo. A inesquecível intérprete da versão original de Gabriela sentiu na pele a covardia de sua ex-emissora, que demonstrou querer apagá-la da história da teledramaturgia brasileira.

Na edição do Fantástico de 10/06, uma reportagem exaltava a novela Gabriela, mostrando toda a beleza da obra de Jorge Amado e seu estupendo sucesso televisivo.

A matéria, claro, serviu como mais uma chamada para o remake Gabriela, que estreará nesta segunda-feira, as 23h, tendo a atriz Juliana Paes como a nova protagonista.

Apesar de se beneficiar das belas imagens de Sônia Braga, a reportagem simplesmente omitiu o nome da atriz, como se aquela moça subindo no telhado ante os olhares de toda uma cidade, fosse interpretada por uma atriz sem nome.

Foi aí que a Sônia, ex-globo e mais global do que se imagina (ela também fez carreira em Hollywood, ora bolas), ficou indignada. "Fiquei estarrecida e chocada com o exemplo de mau jornalismo. Na matéria sobre o remake de Gabriela, que terá Juliana Paes no papel (cuja escolha, aliás, achei perfeita) o programa mostrou imagens minhas, na novela original, mas sequer me mencionou como a intérprete original da personagem".

sábado, 16 de junho de 2012

Humberto Costa lidera com folga em Recife

    Na 5ª rodada de pesquisa do IPMN, Humberto sai na frente em todas as simulações       

RECIFE 2012 -Pesquisa do Instituto Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), encomendada pelo Portal LeiaJá mostra o pré-candidato do PT Humberto Costa na frente em todos os cenários.

Humberto tem 35% das intenções de voto, contra 17% de Mendonça Filho para prefeito do Recife. Em outro cenário, o senador petista sobe para 37%, contra 15% do deputado democrata.

Mais dois cenários apontam Humberto na frente, com 36% de preferência.

Por fim, na pesquisa espontânea, o senador também é o preferido, na opinião de 30% dos entrevistados.

Mesmo com os transtornos cusados pela acirrada disputa interna no PT, que culminou na anulação das prévias e a escolha do senados pela Executiva Nacional, o PT tem a preferência do eleitorado recifense. 53% querem que o Partido dos Trabalhadores continue governando a cidade do Recife, independente do candidato. Dos nomes apresentados em todas as pesquisas, Humberto é o que se saiu melhor.

A pesquisa ouviu 816 pessoas, nos dias 11 e 12 de junho e está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o número 00029/2012

Confira os números da pesquisa.