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O estudante Matheus Moraes, 13, aluno da sétima série da escola Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro, esteve com a arma apontada para a sua cabeça depois que Wellington Menezes de Oliveira, 23, invadiu a unidade educacional nesta quinta-feira (7).
Mas o atirador que assassinou pelo menos 11 crianças resolveu não disparar, na última hora: "Ele pensou um pouco e disse para eu ficar tranquilo, que ele não iria me matar", relatou o jovem.
Segundo Moraes, sete colegas de classe do sexo feminino foram assassinadas brutalmente. "Ele colocava a arma na testa das garotas e puxava o gatilho, sem pena", disse.
Os poucos rapazes atingidos foram baleados no braço ou nas pernas, propositalmente. Matheus ficou em pé, rezando, enquanto seus colegas corriam na tentativa de sobreviver. No entanto, muitas crianças em estado de choque sequer conseguiram se mexer.
"Ele simplesmente entrou na sala, puxou a arma e começou a selecionar as pessoas que iriam morrer", explicou o menino.
A todo momento, enquanto assustava os alunos com ameaças, Wellington se dirigia até a porta para ver se algum policial estava nos corredores do colégio. Segundo Moraes, o criminoso fez pausas para recarregar o revólver pelo menos cinco vezes.
Segundo informações de alunos que conseguiram deixar a escola, Wellington se referia às garotas como "seres impuros", o que, em tese, está relacionado ao conteúdo religioso da carta de suicídio escrita pelo criminoso.
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