Imprensa chegou a publicar que houve intervenção branca no Ministério da Integração Nacional, mas a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman, negou a informação |
Por Agência Estado, via Brasil 247
Foto: Pedro Ladeira/Frame/Folhapress
O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, afastou de sua pasta a responsabilidade pela gestão das verbas para obras antienchentes, atribuindo ao Ministério das Cidades a administração da maior fatia desses recursos. Ele afirmou hoje, durante entrevista coletiva, que o valor dos investimentos em ações de prevenção a desastres naturais não se restringe aos recursos alocados na Secretaria Nacional de Defesa Civil, vinculada ao Ministério da Integração. "Os recursos de prevenção de desastres estão alocados, de forma muito mais ampla, no Ministério das Cidades", frisou o ministro.
Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostrou que o ministro destinou 90% dos recursos antienchentes da sua Pasta a Pernambuco, seu Estado de origem. Bezerra Coelho acrescentou que a presidente Dilma Rousseff determinou que o governo brasileiro "virasse o jogo" no tocante às ações de defesa civil, investindo mais em prevenção do que em ações de socorro e reconstrução.
Segundo Bezerra, Dilma reservou R$ 11 bilhões em recursos com essa finalidade, mas que estariam sob a gestão da pasta das Cidades, destinados a projetos de proteção de morros, reforço de encostas e obras de macrodrenagens. Ele informou ainda que 251 cidades de alto risco, escolhidas pelo Ministério da Integração Nacional, deverão receber esses recursos, mas seguindo projetos que serão selecionados pela pasta das Cidades.
Preconceito
Bezerra rechaçou as acusações de que haveria "critério político" para a liberação dos recursos antienchentes, que teria favorecido Pernambuco, seu Estado de origem. "Não existe política partidária, miúda, pequena. Não posso aceitar que se discrimine o Estado de Pernambuco por ser o do ministro", protestou.
Bezerra reconheceu a destinação de R$ 98 milhões - dos quais, R$ 70 milhões foram empenhados - para a construção de cinco barragens em Pernambuco. Mas ele saiu em defesa de seu Estado, afirmando que os pernambucanos foram vítimas de um dos maiores "acidentes da história", em que 18 mil famílias se viram desabrigadas, hospitais, escolas e pontes foram destruídos. Ele lembrou que 41 municípios foram atingidos na região da Mata Sul, na divisa com Alagoas, devido às enchentes do rio Una.
O ministro salientou que a liberação desses recursos, para construção das referidas barragens, foi definida após "discussão técnica" com pessoal do Ministério do Planejamento e da Casa Civil, e com pleno conhecimento da presidente Dilma Rousseff. De acordo com planilha divulgada pelo ministro, oito projetos de prevenção de desastres e reconstrução em Pernambuco serão favorecidos com a verba no valor de R$ 98,3 milhões. Em seguida vem São Paulo, que receberia R$ 40,7 milhões e, em terceiro lugar, Espírito Santo, que seria favorecido com R$ 16,8 milhões.
Folga
Durante entrevista coletiva,Fernando Bezerra explicou que interrompeu as férias por causa da "intensificação do quadro de chuvas" em Belo Horizonte, MG. Em princípio, o descanso do ministro se estenderia até a próxima sexta-feira. No entanto, ele retornou a Brasília ontem à noite.
O retorno de Bezerra coincidiu com a publicação de duas reportagens do jornal O Estado de S. Paulo mostrando que a sua pasta destinou 90% das verbas antienchentes a Pernambuco, seu Estado de origem. Ele, no entanto, não confirma que esse teria sido o motivo de seu retorno antecipado.
Bezerra Coelho disse apenas que decidiu abreviar as férias depois de conversar por telefone com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que também interrompeu seu descanso, e com o secretário nacional de Defesa Civil, Humberto Viana.
Ele destacou a criação de um "grupo avançado" para monitoramento em tempo real das chuvas no Rio de Janeiro, Espírito Santo e em Minas Gerais, onde há previsão de chuvas mais fortes para este mês. Segundo Bezerra, a formação desse grupo permitirá que haja uma maior integração das equipes de defesa civil nestes Estados.
Onde a fumaça a certos indícios de fogo!
ResponderExcluirOra,de certa forma esse episódio servirá para o ministro deixar de ser menos provinciano.
A final ele é ministro da INTEGRAÇÃO NACIONAL,e até inaugurações de cacimbas de águas em Petrolina,o ministro era o protagonista,no caso ODACY vir para o PT ele mandou uma carta,daí quando a coisa repercute aí é PRECONCEITO?
É SIM! UM ALERTA de se liga,que quem tem telhado de vidro podre vir uma chuva de GRANIZO,e essa vem de cima....