Veja abaixo a Carta do 2º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas (2º BlogPro).
O documento recebeu muitas emendas e foi concluído na plenária do dia 19, depois de muito debate.
O 2º BlogPro foi realizado em Braília, nos dias 17, 18 e 19 e contou com cerca de 400 participantes, entre eles o Blog Cláudio Angelim.
Na noite de abertura (17), tivemos a participação do ex-presidente Lula, que agradeceu a participação dos blogueiros na última campanha eleitoral e destacou a importância da blogosfera no cenário político brasileiro.
Não há qualquer dúvida sobre a contribuição da blogosfera para a democratzação da comunicação no Brasil e no mundo.
A fala de Lula está no vídeo ao lado.
A seguir, a Carta dos Blogueiros.
quinta-feira, 30 de junho de 2011
Mais controle e transparência. Mas precisamos acompanhar
Um Decreto de nº 7.507, publicado no Diário Oficial da União na última terça-feira (28), promete combater desvios de recursos da Saúde e Educação transferidos pelo governo federal aos estados, Distrito Federal e municípios.
Segundo as novas regras, que entrarão em vigor daqui a 60 dias, as prefeituras terão de administrar as verbas por meio de contas específicas.
Os fornecedores e prestadores de serviços remunerados com esses recursos terão que ser devidamente identificados.
Os saques em dinheiro sofrerão restrições. Os pagamentos só poderão ser realizados por meio eletrônico.
Significa o fim do saque na boca do caixa. A não ser em casos excepcionais, quando o credor não possuir conta bancária, por exemplo. (essa é a pior parte, pois abre-se uma brecha para falcatruas).
Para finalizar, os saques em dinheiro para pagamento de pequenas despesas não poderão ultrapassar R$ 8 mil por ano, sendo que cada pagamento não poderá exceder R$ 800.
É uma tentativa de conter o abuso praticado por gatunos públicos. Em muitos municípios, o dinheiro da Educação e da Saúde sai pelo ralo por conta de má gestão e desvios.
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Vereadora denuncia o uso de veneno nas praças de Petrolina
Uma denúncia da vereadora Cristina Costa (PT) revelou o possível uso de herbicidas nas plantas dos canteiros, praças e meio-fios do centro de Petrolina.
A vereadora foi alertada por moradores, que lhe enviaram fotos mostrando o estado das plantas, todas secas e amareladas, aparentemente mortas.
Como se sabe, a aplicação de herbicidas visa facilitar a capinação das plantas, mas põe em risco a saúde das pessoas.
"É preciso que a população seja avisada caso a prefeitura esteja de fato envenenando os canteiros", alerta Cristina, que solicitou formalmente informações sobre o assunto ao Poder Executivo.
Outro ponto contra a utilização de veneno é o prejuízo ambiental. Nos períodos chuvosos os resíduos são carregados até o rio, poluindo ainda mais o Velho Chico.
Foto: Ascom
A vereadora foi alertada por moradores, que lhe enviaram fotos mostrando o estado das plantas, todas secas e amareladas, aparentemente mortas.
Como se sabe, a aplicação de herbicidas visa facilitar a capinação das plantas, mas põe em risco a saúde das pessoas.
"É preciso que a população seja avisada caso a prefeitura esteja de fato envenenando os canteiros", alerta Cristina, que solicitou formalmente informações sobre o assunto ao Poder Executivo.
Outro ponto contra a utilização de veneno é o prejuízo ambiental. Nos períodos chuvosos os resíduos são carregados até o rio, poluindo ainda mais o Velho Chico.
Foto: Ascom
domingo, 19 de junho de 2011
Acompanhe ao vivo a plenária final do 2º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas
A transmissão foi encerrada.
sábado, 18 de junho de 2011
Brizola Neto no 2º BlogPro
O deputado federal Brizola Neto (PDT/RJ) é editor do Tijolaço, um dos melhores blogs de política do Brasil.
Ele participou na tarde de hoje,em Brasília, do 2º Encontro de Blogueiros Progressistas, na oficina Os partidos e a luta pela democratização da comunicação.
Veja trechos da sua participação.
Acompanhe ao vivo o II Encontro Nacional dos Blogueiros Progressistas
Estou participando do II Encontro Nacional dos Blogueiros Progressistas, em Brasília.
Hoje de manhã temos como tema A luta por um novo marco regulatório da comunicação, com palestras da deputada federal Luíza Erundina/SP, o jurista Fábio Konder Comparato e o professor da UNB Venício Lima.
Você pode acompanhar o debate aqui, ao vivo.
Atenção: Veja o novo post acima com a transmissão atualizada. (14h40)
Hoje de manhã temos como tema A luta por um novo marco regulatório da comunicação, com palestras da deputada federal Luíza Erundina/SP, o jurista Fábio Konder Comparato e o professor da UNB Venício Lima.
Você pode acompanhar o debate aqui, ao vivo.
Atenção: Veja o novo post acima com a transmissão atualizada. (14h40)
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Seminário discute desenvolvimento do Nordeste
Recife sedia hoje e amanhã o Seminário Nordeste Brasil hoje e suas perspectivas.
Trata-se do ciclo de debates promovido pelo Partido dos Trabalhadores, o Fórum dos presidentes do PT do Nordeste e a Fundação Perseu Abramo.
O objetivo é discutir a inserção da região Nordeste no contexto das políticas estruturadoras do governo federal.
Estão confirmadas as participações de senadores, governadores, prefeitos, deputados, vereadores e dirigentes do PT na região Nordeste, além de dirigentes nacionais.
Na abertura, às 19h, haverá ato público e em seguida a primeira mesa de debates, com as participações de Marcio Pochmann e Eloi Pietá.
No sábado,18, haverá duas mesas temáticas: Novo Nordeste e o Brasil e Desenvolvimento Regional e infraestrutura, e o painel A Reforma Política.
Trata-se do ciclo de debates promovido pelo Partido dos Trabalhadores, o Fórum dos presidentes do PT do Nordeste e a Fundação Perseu Abramo.
O objetivo é discutir a inserção da região Nordeste no contexto das políticas estruturadoras do governo federal.
Estão confirmadas as participações de senadores, governadores, prefeitos, deputados, vereadores e dirigentes do PT na região Nordeste, além de dirigentes nacionais.
Na abertura, às 19h, haverá ato público e em seguida a primeira mesa de debates, com as participações de Marcio Pochmann e Eloi Pietá.
No sábado,18, haverá duas mesas temáticas: Novo Nordeste e o Brasil e Desenvolvimento Regional e infraestrutura, e o painel A Reforma Política.
sexta-feira, 10 de junho de 2011
A derrota de Marco Maciel e da direita no Brasil
Por Jorge Perez, no seu blog
No curto período em que ocupou as páginas dos jornais o assunto da nomeação e renúncia de Marco Maciel no cargo de Conselheiro de duas empresas públicas da Prefeitura de São Paulo, pouco se avaliou concretamente sobre o significado político desta questão e seu desfecho.
Na minha opinião, a polêmica renúncia do ex-senador é apenas a ponta do iceberg da crise da direita no Brasil e do avanço da consciência democrática do nosso povo. E isto é muito importante para o futuro desenvolvimento das forças políticas democráticas e suas disputas, dentro da coalizão governamental, para a conquista de espaços de governo e na sociedade.
A exposição política sofrida pelo ex-senador Marco Maciel aprofundou a crise do DEM. A grande imprensa logo percebeu isso e calou-se sobre a questão na tentativa de abafar o assunto. Não simplesmente o assunto da renúncia de Maciel mas do que ela representa.
Marco Maciel não é um político qualquer. Foi, e ainda é, um ícone da direita brasileira. Um elaborador político de mão cheia e um hábil articulador com sua discreta imagem de quem não entra em bola dividida e nem polemiza com ninguém publicamente. Vários segmentos e representantes da sociedade sempre manifestaram sobre a seriedade, honestidade, capacidade política e ética do ex-senador. Ocupou cargos chaves na República e teve muita influência não só sobre o DEM e seus antecessores como nos demais partidos de direita e centro-direita. Basta lembrar que na eleição passada, na qual não foi reeleito, ele teve o apoio de Cristovan Buarque, Oscar Niemayer e até de Eduardo Suplicy no guia eleitoral.
No curto período em que ocupou as páginas dos jornais o assunto da nomeação e renúncia de Marco Maciel no cargo de Conselheiro de duas empresas públicas da Prefeitura de São Paulo, pouco se avaliou concretamente sobre o significado político desta questão e seu desfecho.
Na minha opinião, a polêmica renúncia do ex-senador é apenas a ponta do iceberg da crise da direita no Brasil e do avanço da consciência democrática do nosso povo. E isto é muito importante para o futuro desenvolvimento das forças políticas democráticas e suas disputas, dentro da coalizão governamental, para a conquista de espaços de governo e na sociedade.
A exposição política sofrida pelo ex-senador Marco Maciel aprofundou a crise do DEM. A grande imprensa logo percebeu isso e calou-se sobre a questão na tentativa de abafar o assunto. Não simplesmente o assunto da renúncia de Maciel mas do que ela representa.
Marco Maciel não é um político qualquer. Foi, e ainda é, um ícone da direita brasileira. Um elaborador político de mão cheia e um hábil articulador com sua discreta imagem de quem não entra em bola dividida e nem polemiza com ninguém publicamente. Vários segmentos e representantes da sociedade sempre manifestaram sobre a seriedade, honestidade, capacidade política e ética do ex-senador. Ocupou cargos chaves na República e teve muita influência não só sobre o DEM e seus antecessores como nos demais partidos de direita e centro-direita. Basta lembrar que na eleição passada, na qual não foi reeleito, ele teve o apoio de Cristovan Buarque, Oscar Niemayer e até de Eduardo Suplicy no guia eleitoral.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Aécio Neves é denunciado por ocultar patrimônio e sonegar imposto
Recém alçado a líder máximo da oposição ao governo Dilma Rousseff, senador tucano é acusado por deputados estaduais de Minas Gerais de esconder bens para não pagar Imposto de Renda. Segundo denúncia, salário de R$ 10 mil e patrimônio declarado de R$ 600 mil não explicam viagens ao exterior, festas com celebridades, jantares em restaurantes caros e uso de carrões. Procuradoria Geral da República examina representação para decidir se abre investigação.
Por André Barrocal, na Carta Maior
BRASÍLIA – A Procuradoria Geral da República (PGR) vai anunciar em breve se abrirá inquérito para investigar o enriquecimento do chefe da Casa Civil, ministro Antonio Palocci. Os adversários do governo petista acionaram-na depois da notícia de que Palocci comprou apartamento de mais de R$ 6 milhões em São Paulo, no que seria um sinal de “ostentação”. Pois a PGR também examina se é necessário apurar melhor a vida patrimonial de um outro figurão da República, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), líder máximo da oposição atualmente. O tucano entrou na mira do Ministério Público pelo motivo oposto ao de Palocci, a ocultação de bens, o que revelaria sonegação fiscal.
A denúncia de que o senador esconde patrimônio e, com isso, deixa de pagar impostos foi feita ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, no dia 30 de maio, pela bancada inimiga do PSDB na Assembléia Legislativa de Minas Gerais.
O fundamento da representação é o “estilo de vida” do senador. Com o salário de R$ 10,5 mil mensais que recebeu por sete anos e quatro meses como governador mineiro, diz a representação, Aécio não teria condições de viajar onze vezes para o exterior com a família, andar de jatinho, dar festas com celebridades, frequentar restaurantes caros e comprar os carrões com que desfila em Minas e no Rio, cidades onde tem apartamentos.
Na declaração de renda apresentada à Justiça eleitoral no ano passado, quando disputou e ganhou um cadeira no Senado, Aécio Neves informou ter patrimônio de R$ 617 mil, que os acusadores dele consideram uma ficção.
“Há claramente um abismo entre o Aécio oficial e o Aécio do jet set internacional. Ele está ocultando patrimônio, e isso leva ao cometimento de sonegação fiscal”, afirma o deputado Luiz Sávio de Souza Cruz (PMDB), líder da oposição ao PSDB na Assembléia mineira e um dos signatários da representação.
Linhas de investigação
O documento sugere duas linhas de investigação à PGR na tentativa de provar que o senador estaria escondendo patrimônio para sonegar impostos, num desfiar de novelo que levaria – e isso a representação não diz - à descoberta de desvio de recursos públicos mineiros para a família Neves.
A primeira linha defende botar uma lupa na Radio Arco Íris, da qual o senador virou sócio em dezembro. Até então, a emissora era controlada apenas pela irmã de Aécio, Andrea Neves. Os denunciantes do senador estranham que a emissora tenha uma frota de doze veículos, sendo sete de luxo, e mantenha parte no Rio de Janeiro. Se a radio não produz conteúdo noticioso nem tem uma equipe de jornalistas, para que precisaria de doze veículos, ainda mais num estado em que não atua?
A hipótese levantada pela denúncia é de que se trata de um artifício para fugir de tributos – a despesa com a frota e a própria existência dela permitem pagar menos imposto de renda. Além, é claro, de garantir boa vida ao senador.
Mas há uma desconfiança maior por parte dos adversários de Aécio, não mencionada na representação. “Queremos saber se tem recurso público nessa rádio. Quanto foi que ela recebeu do governo desde 2003?”, diz o líder do PT na Assembléia, Rogério Correia, também autor da representação. “Há muito tempo que a Presidência da Assembléia impede que se vote essa proposta de abrir os repasses oficiais para a radio Arcio Iris.”
Sócia da rádio, Andrea Neves coordenou, durante todo o mandato do irmão, a área do governo de Minas responsável pela verba publicitária.
A outra linha de investigação aponta o dedo para uma das empresas da qual Aécio declarou ao fisco ser sócio, a IM Participações. A sede da empresa em Belo Horizente fica no mesmo endereço do falido banco que os pais do senador administraram no passado, o Bandeirantes. Do grupo Bandeirantes, fazia parte a Banjet Taxi Aéreo. Que vem a ser a proprietária de um jatinho avaliado em R$ 24 milhões que o senador usa com frequencia, e de graça, para viajar.
O problema, dizem os acusadores do senador, é que a Banjet tem como sócio gestor Oswaldo Borges da Costa Filho, cunhado de Aécio e presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais durante o governo do tucano.
A hipótese levantada na representação é de que teria havido uma “triangulação de patrimônio”. Aécio controlaria a Banjet por meio da IM Participação de Administração. “São essas empresas de participação quem administram inteiras fortunas, para acobertar patrimônio de particulares, que não tem como justificar contabilmente a aquisição de ativos”, afirma o texto.
Neste caso, a representação de novo não diz, mas é outra desconfiança dos denunciantes do senador, também teria havido desvio de recursos públicos mineiros, por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico, para a família Neves.
Minas: 'estado de exceção'
Os adversários do senador tentam emplacar uma investigação federal contra Aécio – e por isso se apegam a questões fiscais – para contornar supostos silêncio e omissão de instituições mineiras, que estariam sob controle total do ex-governador.
“Aqui no estado nós vivemos num regime de exceção. A imprensa, o tribunal de contas, a Assembléia Legislativa são todos controlados pelo Aécio”, diz Rogério Correia. “Esse Aécio que aparece sorrindo em Brasília é o 'Aécio ternura'. Mas aqui em Minas tem um 'Aécio malvadeza'”, afirma Savio Cruz, usando expressões que no passado referiam-se ao falecido senador Antonio Carlos Magalhães.
Aécio Neves foi procurado, por meio da assessoria de imprensa, para comentar a denúncia, mas não havia respondido até o fechamento da reportagem. A Procuradoria informou, também por meio da assessoria, que não há prazo para o procurador Roberto Gurgel decidir se abre ou não a investigação contra o senador.
Por André Barrocal, na Carta Maior
BRASÍLIA – A Procuradoria Geral da República (PGR) vai anunciar em breve se abrirá inquérito para investigar o enriquecimento do chefe da Casa Civil, ministro Antonio Palocci. Os adversários do governo petista acionaram-na depois da notícia de que Palocci comprou apartamento de mais de R$ 6 milhões em São Paulo, no que seria um sinal de “ostentação”. Pois a PGR também examina se é necessário apurar melhor a vida patrimonial de um outro figurão da República, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), líder máximo da oposição atualmente. O tucano entrou na mira do Ministério Público pelo motivo oposto ao de Palocci, a ocultação de bens, o que revelaria sonegação fiscal.
A denúncia de que o senador esconde patrimônio e, com isso, deixa de pagar impostos foi feita ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, no dia 30 de maio, pela bancada inimiga do PSDB na Assembléia Legislativa de Minas Gerais.
O fundamento da representação é o “estilo de vida” do senador. Com o salário de R$ 10,5 mil mensais que recebeu por sete anos e quatro meses como governador mineiro, diz a representação, Aécio não teria condições de viajar onze vezes para o exterior com a família, andar de jatinho, dar festas com celebridades, frequentar restaurantes caros e comprar os carrões com que desfila em Minas e no Rio, cidades onde tem apartamentos.
Na declaração de renda apresentada à Justiça eleitoral no ano passado, quando disputou e ganhou um cadeira no Senado, Aécio Neves informou ter patrimônio de R$ 617 mil, que os acusadores dele consideram uma ficção.
“Há claramente um abismo entre o Aécio oficial e o Aécio do jet set internacional. Ele está ocultando patrimônio, e isso leva ao cometimento de sonegação fiscal”, afirma o deputado Luiz Sávio de Souza Cruz (PMDB), líder da oposição ao PSDB na Assembléia mineira e um dos signatários da representação.
Linhas de investigação
O documento sugere duas linhas de investigação à PGR na tentativa de provar que o senador estaria escondendo patrimônio para sonegar impostos, num desfiar de novelo que levaria – e isso a representação não diz - à descoberta de desvio de recursos públicos mineiros para a família Neves.
A primeira linha defende botar uma lupa na Radio Arco Íris, da qual o senador virou sócio em dezembro. Até então, a emissora era controlada apenas pela irmã de Aécio, Andrea Neves. Os denunciantes do senador estranham que a emissora tenha uma frota de doze veículos, sendo sete de luxo, e mantenha parte no Rio de Janeiro. Se a radio não produz conteúdo noticioso nem tem uma equipe de jornalistas, para que precisaria de doze veículos, ainda mais num estado em que não atua?
A hipótese levantada pela denúncia é de que se trata de um artifício para fugir de tributos – a despesa com a frota e a própria existência dela permitem pagar menos imposto de renda. Além, é claro, de garantir boa vida ao senador.
Mas há uma desconfiança maior por parte dos adversários de Aécio, não mencionada na representação. “Queremos saber se tem recurso público nessa rádio. Quanto foi que ela recebeu do governo desde 2003?”, diz o líder do PT na Assembléia, Rogério Correia, também autor da representação. “Há muito tempo que a Presidência da Assembléia impede que se vote essa proposta de abrir os repasses oficiais para a radio Arcio Iris.”
Sócia da rádio, Andrea Neves coordenou, durante todo o mandato do irmão, a área do governo de Minas responsável pela verba publicitária.
A outra linha de investigação aponta o dedo para uma das empresas da qual Aécio declarou ao fisco ser sócio, a IM Participações. A sede da empresa em Belo Horizente fica no mesmo endereço do falido banco que os pais do senador administraram no passado, o Bandeirantes. Do grupo Bandeirantes, fazia parte a Banjet Taxi Aéreo. Que vem a ser a proprietária de um jatinho avaliado em R$ 24 milhões que o senador usa com frequencia, e de graça, para viajar.
O problema, dizem os acusadores do senador, é que a Banjet tem como sócio gestor Oswaldo Borges da Costa Filho, cunhado de Aécio e presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais durante o governo do tucano.
A hipótese levantada na representação é de que teria havido uma “triangulação de patrimônio”. Aécio controlaria a Banjet por meio da IM Participação de Administração. “São essas empresas de participação quem administram inteiras fortunas, para acobertar patrimônio de particulares, que não tem como justificar contabilmente a aquisição de ativos”, afirma o texto.
Neste caso, a representação de novo não diz, mas é outra desconfiança dos denunciantes do senador, também teria havido desvio de recursos públicos mineiros, por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico, para a família Neves.
Minas: 'estado de exceção'
Os adversários do senador tentam emplacar uma investigação federal contra Aécio – e por isso se apegam a questões fiscais – para contornar supostos silêncio e omissão de instituições mineiras, que estariam sob controle total do ex-governador.
“Aqui no estado nós vivemos num regime de exceção. A imprensa, o tribunal de contas, a Assembléia Legislativa são todos controlados pelo Aécio”, diz Rogério Correia. “Esse Aécio que aparece sorrindo em Brasília é o 'Aécio ternura'. Mas aqui em Minas tem um 'Aécio malvadeza'”, afirma Savio Cruz, usando expressões que no passado referiam-se ao falecido senador Antonio Carlos Magalhães.
Aécio Neves foi procurado, por meio da assessoria de imprensa, para comentar a denúncia, mas não havia respondido até o fechamento da reportagem. A Procuradoria informou, também por meio da assessoria, que não há prazo para o procurador Roberto Gurgel decidir se abre ou não a investigação contra o senador.
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Os gays e a Bíblia
Por Frei Betto
Publicado originalmente no site Amai-vos
É no mínimo surpreendente constatar as pressões sobre o Senado para evitar a lei que criminaliza a homofobia. Sofrem de amnésia os que insistem em segregar, discriminar, satanizar e condenar os casais homoafetivos.
No tempo de Jesus, os segregados eram os pagãos, os doentes, os que exerciam determinadas atividades profissionais, como açougueiros e fiscais de renda. Com todos esses Jesus teve uma atitude inclusiva. Mais tarde, vitimizaram indígenas, negros, hereges e judeus. Hoje, homossexuais, muçulmanos e migrantes pobres (incluídas as “pessoas diferenciadas”...).
Relações entre pessoas do mesmo sexo ainda são ilegais em mais de 80 nações. Em alguns países islâmicos elas são punidas com castigos físicos ou pena de morte (Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Nigéria etc).
No 60º aniversário da Decclaração Universal dos Direitos Humanos, em 2008, 27 países membros da União Europeia assinaram resolução à ONU pela “despenalização universal da homossexualidade”.
A Igreja Católica deu um pequeno passo adiante ao incluir no seu Catecismo a exigência de se evitar qualquer discriminação a homossexuais. No entanto, silenciam as autoridades eclesiásticas quando se trata de se pronunciar contra a homofobia. E, no entanto, se escutou sua discordância à decisão do STF ao aprovar o direito de união civil dos homoafetivos.
Ninguém escolhe ser homo ou heterossexual. A pessoa nasce assim. E, à luz do Evangelho, a Igreja não tem o direito de encarar ninguém como homo ou hétero, e sim como filho de Deus, chamado à comunhão com Ele e com o próximo, destinatário da graça divina.
Publicado originalmente no site Amai-vos
É no mínimo surpreendente constatar as pressões sobre o Senado para evitar a lei que criminaliza a homofobia. Sofrem de amnésia os que insistem em segregar, discriminar, satanizar e condenar os casais homoafetivos.
No tempo de Jesus, os segregados eram os pagãos, os doentes, os que exerciam determinadas atividades profissionais, como açougueiros e fiscais de renda. Com todos esses Jesus teve uma atitude inclusiva. Mais tarde, vitimizaram indígenas, negros, hereges e judeus. Hoje, homossexuais, muçulmanos e migrantes pobres (incluídas as “pessoas diferenciadas”...).
Relações entre pessoas do mesmo sexo ainda são ilegais em mais de 80 nações. Em alguns países islâmicos elas são punidas com castigos físicos ou pena de morte (Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Nigéria etc).
No 60º aniversário da Decclaração Universal dos Direitos Humanos, em 2008, 27 países membros da União Europeia assinaram resolução à ONU pela “despenalização universal da homossexualidade”.
A Igreja Católica deu um pequeno passo adiante ao incluir no seu Catecismo a exigência de se evitar qualquer discriminação a homossexuais. No entanto, silenciam as autoridades eclesiásticas quando se trata de se pronunciar contra a homofobia. E, no entanto, se escutou sua discordância à decisão do STF ao aprovar o direito de união civil dos homoafetivos.
Ninguém escolhe ser homo ou heterossexual. A pessoa nasce assim. E, à luz do Evangelho, a Igreja não tem o direito de encarar ninguém como homo ou hétero, e sim como filho de Deus, chamado à comunhão com Ele e com o próximo, destinatário da graça divina.
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